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Poema gótico "A Farsa"

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Os dias aparentam serem iguais. Monótonos; insípidos e pouco expressivos; A todos amo e quase todos me amam. Pensei que a todos eu amasse. Apenas uns – na verdade, poucos. Para ser sincero – creio que nem a mim. Como gosto de ouvir música triste. Alegra-me a alma; deixa-me vivo. Pensei que tudo fosse perpétuo. O amor; o respeito; a amizade. Estou enganado! Dissipa como um cigarro. Confesso ao padre meus crimes. Ele dorme; se entedia – os acha insípidos. Não tenho crimes a confessar, apenas... Apenas mentiras mal contadas. Esse perfume lembra minha infância. Mas prefiro a dor presente. Para que retornar ao passado? Já o vivi! A incerteza do futuro! Os amores da juventude! O conhecimento artificial e arte fútil! Ainda sinto o perfume... É provável que seja um demônio; um anjo. Um parente que ascendeu aos céus. Minha imaginação tentando suprir... Minha dolorosa solidão. Eis o poema por escrito:    

Artigo "A Norma Culta e a Norma-Padrão: Discutindo Conceitos"

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            O artigo "A norma Culta e a Norma-Padrão: Discutindo Conceitos" faz parte de um capítulo da dissertação de mestrado (LINK): " A s vozes do verbo : um estudo semântico e sintático numa turma do oitavo ano do ensino fundamental ".          Antes de iniciar a discussão, torna-se pertinente tratar acerca do que entende-se por norma linguística. Conforme Antunes (2007), norma linguística possui dois conceitos: no primeiro, assume o sentido de normalidade, no segundo sentido, o de normatividade.       Para Antunes (2007), o sentido de normalidade trata-se de algo regular, comumente usado pelas pessoas, sendo assim, de uso preferencial e identificável em dada comunidade de falantes. Em contrapartida, a norma linguística como normatividade, conforme Antunes (2007, p. 86) trata-se de um uso “segundo um parâmetro legitimado”, nesse caso, assume os paradigmas dos cânones gramaticais, que definem o que deve ...

Poema "Oh, Madalena!"

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    Oh, Madalena! Oh, Madalena! Se tu não amas pra quê seduzir? Tu queres toda a atenção do mundo. Tudo pra ti é se divertir. Oh, Madalena! Oh, Madalena! Quando me declarei a ti. Tu colocaste a mão na cintura. E despojada começaste a rir. Quando caminha pela rua afora. Mexe os cabelos, mexe os quadris. O teu olhar altivo me fascina. Oh, Madalena! Por que és assim? Um dia desses eu ainda te pego! Tu és a mulher certa para mim. Porque eu vou ti pegar de jeito. E quero vê se vai rir de mim. Oh, Madalena! Oh, Madalena! Tu cheira a pimenta com jasmim. Meu coração tu arrancou do peito. E escreveste o teu nome e fim. Mulher bandida estou definhando. Oh, Madalena tem pena de mim. Sou homem mole para teu encanto. Oh, Madalena não me deixe assim Oh, Madalena me dar o que quero. Estou desgostoso desse vai e vem. Vem matar a sede desse homem. T...

Poema gótico "Regina do Inferninho"

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Desde pequena ela alvoroçava. Aos quinze já era desmantelada. Era o terror do pobre professor. Que nas aulas noturnas lamentava. Regina quando chegava no Inferninho. Era a graça e alegria da casa. Mimada a bonitinha ria alto. Usava batom vermelho e se penteava. Ao dormir ouvia risos e tilintares. Apenas não sabia se elas amavam Mas já tinha decidido seu futuro: Gemeria alto a ecos pelos ares. Regina formosa de corpo quente a provocar. Era um mercado de viajantes solitários. Uma flor de perfume enigmático Uma tentação nas noites de luar. Regina não reclamou sequer por um dia. Se era do trecho ou se caiu na vida. Sabe-se que quando ela passa. Segure-se o homem que a ela avistar. Oh! Regina amada e sem amor! Tu nem na idade das rugas joviais. Não lamenta nem se esvanece. Agraciada de ausência de pudor. No Inferninho dos anjos de luxuria. Entre bebidas, gargalhadas e confusões. Regida pela beleza das nuances transcenden...

Poema gótico "O Discurso de Satã"

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Satã: Sempre presente O observo cautelosamente Emergiu da terra uniforme. O deixarei assim- disforme. Dar-te-ei palavras universais. Amor, Dinheiro e Paixão. Faça mantras e magias. Meu escravo sem visão! O Homem: Tenho percorrido a Terra. Cantado com as nações. A todas acendo velas. Em nenhuma estive são. A doença me consome. O cansaço me acompanha. E tu onde estavas, cão? Satã: Não me viste à noite? Eu estava a te olhar... Ofereci a teu ventre bebida. E contigo fui deitar... Violentou-me a noite toda! E não me fez delirar! Já esqueceste os amores? Meu escravo e vilão! O Homem: O conheço; sei que mente! Aquela donzela assim quis. Satisfiz os desejos dela. E ainda pediu bis. Não foi amor! Foi desejo! Carne com carne humana Fogo e luxuria na cama. Tu és um vacilão! Satã: Não ofenda o teu mestre! Sou príncipe da razão. Governo por séculos mentes. Nenhuma me diz: não! A todos convenço à força. Tenh...