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Mostrando postagens com o rótulo Poemas góticos

Poema gótico "Coração Novo"

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O que farei com um coração arrebentado? Pisoteado pelos cascos de bestas selvagens. Os ferimentos e a sujeira o infeccionaram. Vulnerável em estigmas cruéis ele se abre.   Música alguma subirá novamente ao coração. Boas lembranças apagadas com desastres. Um poço sem água com pestilências se formou. Trevas e mazelas importunamente se alojaram.   Digam: O que farei com esse coração? Era formoso, promovia amor e bondade. Mas converteu-se à dor e ao lamento.   A infecção da destruição o corrompeu. Tornando-o fúnebre, frio e cauteloso. Bate o coração; infindável sofrimento.

Poema gótico "A Farsa"

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Os dias aparentam serem iguais. Monótonos; insípidos e pouco expressivos; A todos amo e quase todos me amam. Pensei que a todos eu amasse. Apenas uns – na verdade, poucos. Para ser sincero – creio que nem a mim. Como gosto de ouvir música triste. Alegra-me a alma; deixa-me vivo. Pensei que tudo fosse perpétuo. O amor; o respeito; a amizade. Estou enganado! Dissipa como um cigarro. Confesso ao padre meus crimes. Ele dorme; se entedia – os acha insípidos. Não tenho crimes a confessar, apenas... Apenas mentiras mal contadas. Esse perfume lembra minha infância. Mas prefiro a dor presente. Para que retornar ao passado? Já o vivi! A incerteza do futuro! Os amores da juventude! O conhecimento artificial e arte fútil! Ainda sinto o perfume... É provável que seja um demônio; um anjo. Um parente que ascendeu aos céus. Minha imaginação tentando suprir... Minha dolorosa solidão. Eis o poema por escrito:    

Poema gótico "O Discurso de Satã"

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Satã: Sempre presente O observo cautelosamente Emergiu da terra uniforme. O deixarei assim- disforme. Dar-te-ei palavras universais. Amor, Dinheiro e Paixão. Faça mantras e magias. Meu escravo sem visão! O Homem: Tenho percorrido a Terra. Cantado com as nações. A todas acendo velas. Em nenhuma estive são. A doença me consome. O cansaço me acompanha. E tu onde estavas, cão? Satã: Não me viste à noite? Eu estava a te olhar... Ofereci a teu ventre bebida. E contigo fui deitar... Violentou-me a noite toda! E não me fez delirar! Já esqueceste os amores? Meu escravo e vilão! O Homem: O conheço; sei que mente! Aquela donzela assim quis. Satisfiz os desejos dela. E ainda pediu bis. Não foi amor! Foi desejo! Carne com carne humana Fogo e luxuria na cama. Tu és um vacilão! Satã: Não ofenda o teu mestre! Sou príncipe da razão. Governo por séculos mentes. Nenhuma me diz: não! A todos convenço à força. Tenh...

Poema "Próximo do FIM"

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Fecha a boca desta sepultura!  Nunca mais será emitido som algum!  As pestilências e agouros cessaram!  Neste local farei um belo jardim.  Já esgotaram-se cadernos;  Canetas aos montes sacrifiquei;  Páginas completas cremadas;  Foram dias tristes – Adeus!  O enfado evidente neste olhar sem brilho.  O cansaço latente em mãos tremula.  O sarcasmo discreto no gesto de riso.  Meu semblante sério – Um aviso!  Amei sem pudor meus bizarros crimes.  Forniquei páginas inteiras com tinta.  Dissimulei o amor e menti mal.  Fui mais que perfeito ... Imperfeito!  No tardar desta noite inquietante.  Sem poesia que cative minha insônia.  Escrevo sem ânimo – meus pensamentos.  Sem reflexão, criticas ou euforia.  Se queres por imprudência minha atenção.  Beije-me ardentemente e fira-me.  Prefiro bebida forte e seus efeitos.  Desejo nesta taça a...

Poema "Por toda a Vida"

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Se você gosta de textos fantásticos... Transcendentais... Mórbidos... Diabólicos e Angelicais... Bipolares... Intimistas... Tímidos e ousados... leia-os sem medos... sem receios... sem pecar... Venha... Os levarei à viagens astrais... a um retorno à infância... A um mergulho na alma... Do céu ao inferno... e pairando entre estes.. Minha alma vive... Assim, quero vos apresentar. meus poemas e críticas. Rogério Batista.