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Mostrando postagens de setembro 25, 2021

Poema "Oh, Madalena!"

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    Oh, Madalena! Oh, Madalena! Se tu não amas pra quê seduzir? Tu queres toda a atenção do mundo. Tudo pra ti é se divertir. Oh, Madalena! Oh, Madalena! Quando me declarei a ti. Tu colocaste a mão na cintura. E despojada começaste a rir. Quando caminha pela rua afora. Mexe os cabelos, mexe os quadris. O teu olhar altivo me fascina. Oh, Madalena! Por que és assim? Um dia desses eu ainda te pego! Tu és a mulher certa para mim. Porque eu vou ti pegar de jeito. E quero vê se vai rir de mim. Oh, Madalena! Oh, Madalena! Tu cheira a pimenta com jasmim. Meu coração tu arrancou do peito. E escreveste o teu nome e fim. Mulher bandida estou definhando. Oh, Madalena tem pena de mim. Sou homem mole para teu encanto. Oh, Madalena não me deixe assim Oh, Madalena me dar o que quero. Estou desgostoso desse vai e vem. Vem matar a sede desse homem. T...

Poema gótico "Regina do Inferninho"

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Desde pequena ela alvoroçava. Aos quinze já era desmantelada. Era o terror do pobre professor. Que nas aulas noturnas lamentava. Regina quando chegava no Inferninho. Era a graça e alegria da casa. Mimada a bonitinha ria alto. Usava batom vermelho e se penteava. Ao dormir ouvia risos e tilintares. Apenas não sabia se elas amavam Mas já tinha decidido seu futuro: Gemeria alto a ecos pelos ares. Regina formosa de corpo quente a provocar. Era um mercado de viajantes solitários. Uma flor de perfume enigmático Uma tentação nas noites de luar. Regina não reclamou sequer por um dia. Se era do trecho ou se caiu na vida. Sabe-se que quando ela passa. Segure-se o homem que a ela avistar. Oh! Regina amada e sem amor! Tu nem na idade das rugas joviais. Não lamenta nem se esvanece. Agraciada de ausência de pudor. No Inferninho dos anjos de luxuria. Entre bebidas, gargalhadas e confusões. Regida pela beleza das nuances transcenden...

Poema gótico "O Discurso de Satã"

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Satã: Sempre presente O observo cautelosamente Emergiu da terra uniforme. O deixarei assim- disforme. Dar-te-ei palavras universais. Amor, Dinheiro e Paixão. Faça mantras e magias. Meu escravo sem visão! O Homem: Tenho percorrido a Terra. Cantado com as nações. A todas acendo velas. Em nenhuma estive são. A doença me consome. O cansaço me acompanha. E tu onde estavas, cão? Satã: Não me viste à noite? Eu estava a te olhar... Ofereci a teu ventre bebida. E contigo fui deitar... Violentou-me a noite toda! E não me fez delirar! Já esqueceste os amores? Meu escravo e vilão! O Homem: O conheço; sei que mente! Aquela donzela assim quis. Satisfiz os desejos dela. E ainda pediu bis. Não foi amor! Foi desejo! Carne com carne humana Fogo e luxuria na cama. Tu és um vacilão! Satã: Não ofenda o teu mestre! Sou príncipe da razão. Governo por séculos mentes. Nenhuma me diz: não! A todos convenço à força. Tenh...

Poema "A Viela"

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Conto "Naquela Noite Choveu..."

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            Da janela do quarto fitava o horizonte nebuloso, as árvores cambaleavam a um lado como alguém que não possui domínio da própria vida, que a qualquer instante pode ser levado e arrancado da terra para sempre e suas raízes nunca mais se firmariam. Por um desejo de evidenciar este fato que não fora cumprido, resolveu fechar a janela, a chuva estava invadindo o quarto, aguçaria então os ouvidos a escutar o tilintar da chuva no telhado  escorrendo pelo chão, a ventania agitada e impetuosa sobre as árvores, o mais delicioso de se ouvir seria os relâmpagos, evidenciar este fenômeno natural causava-lhe uma sensação estranha próxima e intima mas pouco compreensiva.             Adormecer naquela tempestade arrebatava-lhe os sentidos a participar daquele evento majestoso e enquanto conectava-se com as forças naturais, seu corpo adormecia lentamente – Bendita noite para...

Crônica "Os Pensamentos de Isabel"

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                      Silveira, na sala com seus pés sobre uma cadeira agarrado ao controle da tv, aguardava ser servido pela sua escrava que comprara com um anel de ouro das mãos de um senhor que não via a hora de estar livre. No começo mostrava mais interesse por Isabel, mas o tempo maltrata os que não o observam, e antecipou os dias da pobre escrava que aquecia sua barriga saliente ao pé do fogão que preparava um caldo de ovos para seu amo, o pobrezinho estava sofrendo de ressaca do sábado à noite que curtira sem a presença dela.         Isabel estava atenta ao caldo com ovos, a quantidade em porções era de uma precisão irritante, afinal, ela tem conhecimento dos sistemas de medidas usuais, estudara e agora poderia aplicar em prática seu conhecimento. Vivia atormentada com suas obrigações do dia a dia, e passava na sua mente; se tudo estava de acordo como sempre estar como costume. Nada poderia fug...

Poema "A dádiva de Amar"

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Que dádiva divina deleitar-se no amor! Sonhos; contrações; sensações; sussurros. Corpos amáveis artisticamente se amam. Sentidos apurados; sensíveis; transpirando. Que dadiva divina arder em amor. Carne, sangue, suor e muito calor. A presentei com um corpo em chamas. Desejei-te com um toque inovador. Que dádiva divina enlouquecer de amor. Entregaste teu corpo para que eu o usasse. Como um animal sedento eu o devorei. Fiz de ti minha presa, meu amor cativo. Que dádiva divina gemer de amor. O amor sem puritanismo, selvagem, O instinto livre de uma boa sociedade. Ouço teus gemidos, vejo tua flor queimar. Que dádiva divina viver com amor. Este corpo que vos foi dado é divino. É instintivo, criativo e carece de carinho. Ame meu corpo, mas não exija meu amor.

Poema "Águas do Lago"

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Tela: Eduardo Mecenero Tuas águas têm as cores das ervas daninhas. Tuas vielas têm as pedras sem simetria. Teus arredores têm as montanhas montanhosas. O teu ventre não gera filho sem glória. São as pedras que não servem de tropeço. São elas sem elegância ou nobreza real. São humildes no alicerce e não tem preço. Como a pedra deste reino não há igual. Deste lago não se pode beber da água. É exclusiva de repteis, e de seres pantanais. Se dela provar e não for bicho desfalece. É água venenosa para os simples mortais. Oh! Nobre Lago tu tens a água boa. Dar de beber aos teus: os pobres e marginais.

Poema "Próximo do FIM"

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Fecha a boca desta sepultura!  Nunca mais será emitido som algum!  As pestilências e agouros cessaram!  Neste local farei um belo jardim.  Já esgotaram-se cadernos;  Canetas aos montes sacrifiquei;  Páginas completas cremadas;  Foram dias tristes – Adeus!  O enfado evidente neste olhar sem brilho.  O cansaço latente em mãos tremula.  O sarcasmo discreto no gesto de riso.  Meu semblante sério – Um aviso!  Amei sem pudor meus bizarros crimes.  Forniquei páginas inteiras com tinta.  Dissimulei o amor e menti mal.  Fui mais que perfeito ... Imperfeito!  No tardar desta noite inquietante.  Sem poesia que cative minha insônia.  Escrevo sem ânimo – meus pensamentos.  Sem reflexão, criticas ou euforia.  Se queres por imprudência minha atenção.  Beije-me ardentemente e fira-me.  Prefiro bebida forte e seus efeitos.  Desejo nesta taça a...

Poema "Quando Escrevo"

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Escrevo por necessidade Não consigo por vaidade Tentarei explicar... As palavras bailam  Se formam e se encaixam As vejo em cores centenas  dezenas unidades involuntariamente transformam meus sentidos meu olhar sobre o mundo meus absurdos sentimentos ocultos um olhar diferente um olhar bondoso às vezes cruel sentimental consigo bailar junto a frenética dança  são palavras frases  orações preces então escrevo a tinta e papel expressar materializar palavras de um transe. Rogério Batista