Poema "Próximo do FIM"
Fecha a boca desta sepultura!
Nunca mais será emitido som algum!
As pestilências e agouros cessaram!
Neste local farei um belo jardim.
Já esgotaram-se cadernos;
Canetas aos montes sacrifiquei;
Páginas completas cremadas;
Foram dias tristes – Adeus!
O enfado evidente neste olhar sem brilho.
O cansaço latente em mãos tremula.
O sarcasmo discreto no gesto de riso.
Meu semblante sério – Um aviso!
Amei sem pudor meus bizarros crimes.
Forniquei páginas inteiras com tinta.
Dissimulei o amor e menti mal.
Fui mais que perfeito ... Imperfeito!
No tardar desta noite inquietante.
Sem poesia que cative minha insônia.
Escrevo sem ânimo – meus pensamentos.
Sem reflexão, criticas ou euforia.
Se queres por imprudência minha atenção.
Beije-me ardentemente e fira-me.
Prefiro bebida forte e seus efeitos.
Desejo nesta taça absinto!
Venha...
Beba comigo.
Rogério Batista
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