Poema "Águas do Lago"

Tela: Eduardo Mecenero

Tuas águas têm as cores das ervas daninhas.
Tuas vielas têm as pedras sem simetria.
Teus arredores têm as montanhas montanhosas.
O teu ventre não gera filho sem glória.

São as pedras que não servem de tropeço.
São elas sem elegância ou nobreza real.
São humildes no alicerce e não tem preço.
Como a pedra deste reino não há igual.

Deste lago não se pode beber da água.
É exclusiva de repteis, e de seres pantanais.
Se dela provar e não for bicho desfalece.

É água venenosa para os simples mortais.
Oh! Nobre Lago tu tens a água boa.
Dar de beber aos teus: os pobres e marginais.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Artigo "A Norma Culta e a Norma-Padrão: Discutindo Conceitos"

Crônica: O Misterioso Livro da Capa Branca

Poema gótico "Coração Novo"