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Artigo "A Norma Culta e a Norma-Padrão: Discutindo Conceitos"

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            O artigo "A norma Culta e a Norma-Padrão: Discutindo Conceitos" faz parte de um capítulo da dissertação de mestrado (LINK): " A s vozes do verbo : um estudo semântico e sintático numa turma do oitavo ano do ensino fundamental ".          Antes de iniciar a discussão, torna-se pertinente tratar acerca do que entende-se por norma linguística. Conforme Antunes (2007), norma linguística possui dois conceitos: no primeiro, assume o sentido de normalidade, no segundo sentido, o de normatividade.       Para Antunes (2007), o sentido de normalidade trata-se de algo regular, comumente usado pelas pessoas, sendo assim, de uso preferencial e identificável em dada comunidade de falantes. Em contrapartida, a norma linguística como normatividade, conforme Antunes (2007, p. 86) trata-se de um uso “segundo um parâmetro legitimado”, nesse caso, assume os paradigmas dos cânones gramaticais, que definem o que deve ser de uso em relação à língua.      Embora, aparentemente,

Crônica: O Misterioso Livro da Capa Branca

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                         No intervalo de um evento em São Luís pela manhã, como de costume, após um delicioso cafezinho, fui visitar as bancas  de livros que humildemente sempre se fazem presentes nos eventos da educação. O acervo, geralmente, se resume a livros teóricos sobre psicologia da educação, didática da educação, fundamentos da educação e por aí vai. A intenção não era incomum, apenas observar os títulos, ler  sinopse, perguntar o preço, não comprar nada e sair sem culpa alguma, mas algo inusitado naquela manhã ludovicense aconteceu.             Na extremidade da banca, um garotinho franzino e pálido, atentamente, observava os livros, não sei ao certo o que ali fazia, mas ali estava vendo títulos que não se relacionavam com sua idade, mas quem era eu para julgá-lo? Provavelmente tinha ido com algum familiar que estava presente no evento e certamente tinha crescido em meio aos teóricos da educação. Nesse ínterim, ele se dirigiu para outra banca e resolvi observar o que tinha

Poema gótico "Coração Novo"

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O que farei com um coração arrebentado? Pisoteado pelos cascos de bestas selvagens. Os ferimentos e a sujeira o infeccionaram. Vulnerável em estigmas cruéis ele se abre.   Música alguma subirá novamente ao coração. Boas lembranças apagadas com desastres. Um poço sem água com pestilências se formou. Trevas e mazelas importunamente se alojaram.   Digam: O que farei com esse coração? Era formoso, promovia amor e bondade. Mas converteu-se à dor e ao lamento.   A infecção da destruição o corrompeu. Tornando-o fúnebre, frio e cauteloso. Bate o coração; infindável sofrimento.

Poema gótico "A Farsa"

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Os dias aparentam serem iguais. Monótonos; insípidos e pouco expressivos; A todos amo e quase todos me amam. Pensei que a todos eu amasse. Apenas uns – na verdade, poucos. Para ser sincero – creio que nem a mim. Como gosto de ouvir música triste. Alegra-me a alma; deixa-me vivo. Pensei que tudo fosse perpétuo. O amor; o respeito; a amizade. Estou enganado! Dissipa como um cigarro. Confesso ao padre meus crimes. Ele dorme; se entedia – os acha insípidos. Não tenho crimes a confessar, apenas... Apenas mentiras mal contadas. Esse perfume lembra minha infância. Mas prefiro a dor presente. Para que retornar ao passado? Já o vivi! A incerteza do futuro! Os amores da juventude! O conhecimento artificial e arte fútil! Ainda sinto o perfume... É provável que seja um demônio; um anjo. Um parente que ascendeu aos céus. Minha imaginação tentando suprir... Minha dolorosa solidão. Eis o poema por escrito:    

Poema "Oh, Madalena!"

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    Oh, Madalena! Oh, Madalena! Se tu não amas pra quê seduzir? Tu queres toda a atenção do mundo. Tudo pra ti é se divertir. Oh, Madalena! Oh, Madalena! Quando me declarei a ti. Tu colocaste a mão na cintura. E despojada começaste a rir. Quando caminha pela rua afora. Mexe os cabelos, mexe os quadris. O teu olhar altivo me fascina. Oh, Madalena! Por que és assim? Um dia desses eu ainda te pego! Tu és a mulher certa para mim. Porque eu vou ti pegar de jeito. E quero vê se vai rir de mim. Oh, Madalena! Oh, Madalena! Tu cheira a pimenta com jasmim. Meu coração tu arrancou do peito. E escreveste o teu nome e fim. Mulher bandida estou definhando. Oh, Madalena tem pena de mim. Sou homem mole para teu encanto. Oh, Madalena não me deixe assim Oh, Madalena me dar o que quero. Estou desgostoso desse vai e vem. Vem matar a sede desse homem. Tu gosta m